Pavilhão de Papel :: MoMo Arquitetura

Pavilhão de Papel

O Pavilhão de Papel foi uma intervenção urbana criada dentro do ciclo "A cidade que invent(amo)s", promovido pela galeria de arte DeCurators. A proposta central da intervenção era estabelecer uma conexão sensível entre a superquadra, os pedestres e a pulsação vibrante da cidade, cultivando uma interação viva e multifacetada. A estrutura efêmera, embora simples, propunha um espaço que se fundia ao movimento contínuo e dinâmico dos habitantes urbanos.

Erguido com materiais simples e acessíveis, o pavilhão foi construído em papelão, utilizando caixas que, de maneira pragmática, formavam uma estrutura fluida e aberta. A ideia por trás da escolha desse material e da sua aplicação era provocar uma reflexão sobre a fragilidade e a impermanência, características inevitáveis tanto do espaço quanto da própria vida urbana. O pavilhão não visava ser uma construção permanente, mas sim uma experiência temporária, uma instalação que se dissolvia com o tempo, refletindo a natureza efêmera da intervenção artística.

O projeto foi desenhado a partir de um módulo simples, mas a verdadeira força do gesto residia na forma como o material frágil sustentava a espacialização da experiência. A modularidade permitiu que o pavilhão fosse montado e desmontado facilmente, criando um espaço que se adaptava à constante mudança do ambiente urbano. As caixas, com sua leveza e simplicidade, formavam uma malha que, ao mesmo tempo, oferecia suporte e deixava transparecer o movimento ao seu redor.

A beleza da intervenção estava não apenas na sua capacidade de integrar a cidade, mas também na forma como o pavilhão questionava as noções tradicionais de permanência e rigidez na arquitetura. Ao utilizar o papelão, um material normalmente associado à transitoriedade, o pavilhão se tornava uma metáfora para a fluidez da vida urbana, da arte e da própria experiência humana.

Como parte do Voxel Lab, o Pavilhão de Papel faz parte de uma série de intervenções efêmeras, cada uma delas explorando a estética da impermanência. A poética do Voxel Lab está precisamente nesse conceito de transformação constante, em que as intervenções nascem, vivem e desaparecem, refletindo a natureza volúvel dos ambientes urbanos e das experiências artísticas contemporâneas.

Equipe do Voxellab: Carla Barreto, Igor Lacroix, Marco Maron.

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O trabalho pode ser conferido na página da galeria:
https://decurators.org/portfolio/a-cidade-que-inventamos-2/